Orientação Vocacional

O aconselhamento vocacional é um meio de ajudar os jovens a definirem um projeto de vida e a tomarem as decisões de carreira adequadas com vista ao autodesenvolvimento e autorrealização na sociedade.
A orientação vocacional, numa perspetiva desenvolvimentista, entende o indivíduo em permanente evolução e desenvolvimento, incluindo o desenvolvimento vocacional numa constante interação com o meio. Nesta ótica, a orientação vocacional é sinónimo de desenvolvimento psicológico e social do indivíduo, sendo o principal papel do conselheiro de orientação prestar ajuda no sentido de promover a mudança de atitudes dos jovens, a exploração de si e do meio e as estratégias mais adequadas de tomada de decisão na carreira.
O autor Donald Super define orientação como o processo de ajudar uma pessoa a desenvolver e a aceitar uma descrição integrada e adequada de si própria e do seu papel no mundo do trabalho.
Entende-se por conhecimento de si a ajuda que é dada para facilitar o desenvolvimento dos autoconceitos de cada indivíduo. Por um lado envolve uma exploração das estratégias pessoais, qualificações, capacidades, aptidões e qualidades pessoais. Por outro lado envolve uma exploração das limitações destes mesmos aspetos. Também é uma exploração das necessidades pessoais, envolvendo questões acerca de que espécie de satisfações se procura, que tipo de interesses se está a desenvolver, que aspirações pessoais são formuladas, que valores no trabalho estão mais salientes. Algumas das necessidades expressas serão profundamente internalizadas e permanentes, outras serão transitórias e situacionais. A dimensão autoconhecimento é fundamental enquanto facilitadora do desenvolvimento de maturidade vocacional e da adaptabilidade à carreira.
Sabemos atualmente que um dos determinantes mais importantes no processo de desenvolvimento vocacional, segundo os estudos de Donald Super, é o desenvolvimento da maturidade vocacional que é composta por quatro dimensões: a atitude de planeamento da carreira; a atitude de exploração da carreira; a capacidade de tomada de decisão; o conhecimento das profissões, do mundo do trabalho e do sistema de formação.
Através de diversas estratégias de intervenção o papel do psicólogo e conselheiro de orientação da Estímulopraxis é o de motivar o jovem a desenvolver experiências planeadas que permitam facilitar a aquisição do conhecimento das oportunidades, do conhecimento de si próprio e da aprendizagem da tomada de decisão e da transição. Na Estímulopraxis realiza-se uma avaliação rigorosa e cuidadosa dos vários elementos intervenientes nesta tarefa que é a escolha de uma carreira profissional.
Dr.ª Filipa Lourenço – Psicóloga Clínica